Fui sólido, leal mas feio,
e tu bela, frágil e assustada,
desejei estimar-te encarecidamente,
numa existência limpa e honesta.
Sentado à mesa de uma taberna,
avistava-te fraca, ruiva e simples,
neste antro vil e devasso,
só queria mesmo um abraço.
Feio e miserável me socorreste,
bebia em copos grossos,
porque cristal e absinto,
foi passageiro em mim quando saudável.
Olho-te em porta de correr,
sinto inveja desse desenrolar,
vestes simplesmente sem enfeites,
postura de mulher imaculada.
Adorada mas muito natural,
lês meus pensamento feios,
num lugar barulhento e aterrorizado,
mas sempre com espaço para amar.
by mghorta
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