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29 abril 2011

PROFISSÃO RENTÁVEL


Há dois dias fui confrontado com uma nova situação na minha vida: roubaram-me o automóvel à porta de casa. Por si só isto não terá relevância nenhuma, mas provavelmente o que irei contar a seguir tem.


Visto, nessa noite, o meu filho mais novo estar com uma virose que lhe provocou uma gastroenterite, eu e a minha esposa estivemos acordados até as 3:00h da manhã. Quando pensámos que iríamos começar o nosso descanso, ouvimos admirados o som de um carro que nos pareceu logo o nosso veículo. Abro o estore e vejo com admiração cinco pessoas no mesmo e iniciando a marcha.

O meu instinto inicial foi ligar ao 112, pois se dessem o alerta naquele momento, com certeza os apanhariam num raio de dois quilómetros rapidamente, por dois motivos: porque já têm 19 anos e tem uma cor que chama facilmente a atenção. Mas para minha surpresa foi-me dito do outro lado que nada poderia ser feito até formalizar queixa na esquadra.

Assim sendo, dirigi-me à esquadra do Campo Lindo, onde cheguei as 4:00h e onde supostamente fariam todos os esforços para detectar o carro.

Com toda a calma do mundo e algumas vezes questionando-me como se houvesse ali dúvidas para esclarecer em relação ao que eu dizia, disseram-me descontraidamente que só poderiam fazer algo se fosse o proprietário do veículo (não sou eu, é a minha cunhada), ao que me retorquiram então que só a própria poderia formalizar qualquer coisa que fosse! O que fiz foi acordar a senhora às 4:15h da manhã para se poder dar andamento a uma situação que, no meu ponto de vista, poderia ter sido resolvida no momento.

Deve, com certeza, haver ladrões bem informados em Portugal e vão perceber, se já não perceberam, que nesta terra a burocracia está do lado da marginalidade. Sejam dinâmicos!

Ricardo de Magalhães



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