Geringonça infiel que insistes
em não partir de nossas vidas,
fazes reviver em nós o amor ausente
e o medo que fazes que nos obriga a desistir.
Se dos passos perdidos que correste
os passos refizeres novos tormentos,
não esqueças que a nós já não consentes
o calor da esperança que acendeste.
E se achas que podes merecer
alguma coisa o eco que ficou
desta voz que pudemos desmerecer.
Vê que tudo o que o teu brilho deu
durará mais que o tempo de perder-te,
pois no nosso futuro já alguém morreu.
Não te sinto triste nem preocupada
com o futuro de nós desiludidos...
Afinal para onde caminhamos?
Onde está a grande preocupação
com o País e os seus cidadãos?
(anónimo)
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